Quando caímos

Malory Porter não sabia sobre um fato do seu passado até que cruzou o caminho de River Hussain. O jogador de futebol foi eleito o melhor do mundo, vivia uma vida de luxo, na frente dos holofotes, era o queridinho da mídia, com a bola nos pés e nos corações de milhares de torcedores, sua vida era um verdadeiro sonho… até que ele caiu.
Uma lesão afastou River dos campos por quase 2 anos e uma dívida com sua melhor amiga o levou direto para o campo da Universidade da Columbia. Convidado a ser o novo técnico assistente do time de futebol feminino, ele não pensou em ficar mais do que um semestre. Malory não era uma jogadora e sempre odiou esportes, e principalmente os esportistas, contudo, ao ser obrigada a trabalhar no time, a universitária se viu face a face com o técnico. Talvez ele não se lembrasse dela, mas ela sabia, eles já tinham se visto antes. Os seus caminhos estavam interligados e a conexão imediata que sentiam um pelo outro era irremediável e duplamente proibida.
Para Malory, não era fácil lidar com o fato de que River estava em todos os lugares, ele parecia odiá-la e ela sentia-se na obrigação de odiá-lo. Ele viveu a vida que deveria ser a sua, ele teve o amor do seu pai, ele ganhou o seu sobrenome. Tentar odiá-lo era a única forma de fugir do seu charme, era a única maneira de nunca o desejar.
Odiá-lo era para ser fácil, mas era a coisa mais difícil que já tinha feito em toda sua vida. Era a única solução para não cair. Porque, se ela caísse, ela o levaria junto.

“Eu sabia que era errado,
Ainda assim…
nós caímos”